sexta-feira, 22 de abril de 2011

Do Planalto da Borborema - Emerge Campina Grande

As terras entre Fagundes e Bruxaxá continuavam desconhecidas em meados do século XVI. O capitão-mor Teodósio de Oliveira Ledo foi o primeiro a avançar ao norte de Bodopitá quando, numa das suas viagens, voltava das Piranhas trazendo índios bultrins ou ariús.

Descortinando uma imensa planície entre as duas serras (contrafortes de Bodopitá e dos brejos), presumivelmente, ele aqui preferisse aldeiar os índios. E, alcançando o lado setentrional da grande campina, reservara a margem dum riacho (Piabas) para a colonização daquela gente. Estava fundada a aldeia. E, porque sediara os silvícolas na campina grande, a aldeia tomara o nome a esta circunstância geográfica.

Não é fácil apreciar os motivos que orientaram o grande desbravador a se desviar do itinerário da capital já se encontravam, vindo no ano seguinte um frade do convento de Santo Antonio para catequizá-los.

A farinha de mandioca foi o primeiro fator de comércio da aldeia ou povoado de Campina Grande com o interior da capitania. Antes de desenvolver-se a produção deste cereal, é provável que o itinerário das boiadas que, dos sertões desciam para o mercado de Olinda ou Goiana, fosse pela altura do povoado da Travessia (mais tarde Milagres e São João do Cariri), Boqueirão e brejo pernambucano. Pela Campina passavam apenas os boiadeiros do Seridó.

Assim, Campina se tornou rota de abastecimento de mantimentos aos boiadeiros, entre o sertão e a Capitania.


(Fonte: Epaminondas Camâra in Os Alicerces de Campina Grande, 1999)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Uma história de luta

Ivandro começou atuando na política estudantil, tendo sido presidente do Centro Estudantal Campinense. Em 1974 foi eleito suplente de Senador juntamente com Rui Carneiro, assumindo o mandato em 1977 por decorrência da morte do titular. Em 1978, com a entrada dos Senadores Biônicos no Senado Federal, Ivandro chegou a ser eleito 4º Secretário da Casa, declinando à indicação por reverência aos planos traçados pelo MDB, que foi contra a participação dos biônicos na Mesa Diretora do referente biênio. Em 1980, após analisar os números do Movimento Democrático Brasileiro na casa revisora, Ivandro constata que o partido teria o direito de indicar o ocupante da 1ª Vice-Presidência do Senado ou da 1ª Secretaria, tendo sido indicado pelo líder para a segunda opção, inclusive com deferências do partido golpista, ARENA. Em 1982, quando terminou seu mandato de Senador, Ivandro iniciou sua campanha para a Câmara Federal, desistindo durante a campanha por motivos de saúde. Afastando-se da política partidária por uns tempos, Ivandro é indicado para o BNDES, por sua capacidade e prestígio junto ao Presidente eleito Tancredo Neves, no Rio de Janeiro, onde permanece até o início da década de 90, quando retorna aos palanques, desta vez como candidato a Deputado Federal, tendo como número o 1511 ("Meu voto Federal!"), apoiando seu irmão Ronaldo Cunha Lima que foi candidato ao Governo da Paraíba, vencendo ambos as eleições. Ivandro obteve 44.231 votos ou 5,95% do eleitorado. No Governo do irmão Ronaldo, pela única vez, Ivandro se afasta da Câmara a fim de assumir a chefia da Casa Civil do Governador. Em 1994, Ivandro é candidato a reeleição pelo PMDB, elegendo-se, desta vez com 53.747 votos ou 5,62%. No ano de 1998, após desentendimentos dentro do partido - leia-se PMDB- Ivandro decide deixar os palanques, como candidato, porém figurando até hoje como uma das peças chave do grupo Cunha Lima. Três anos após deixar o Congresso Nacional, Ivandro é homenageado pelo Senado com a inauguração do Espaço Cultural Senador Ivandro Cunha Lima, no dia 13 de Março de 2001. Em 2002, seu sobrinho Cássio Cunha Lima é eleito Governador da Paraíba, assim, Ivandro recebe convite e retorna ao Gabinete Civil do Governador, permanecendo por mais de 3 anos. E hoje, 11 anos após deixar o Poder Legislativo Federal, Ivandro continua a construir sua história de retidão e honestidade, afirmadas por todos, aliados e adversários políticos.